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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Tecnologia: descubra se você é escravo do celular e saiba como se livrar desse mal moderno

Sentir-se angustiado com a ideia de perder o aparelho é um sinal. Ter um celular se tornou indispensável. E as pessoas passaram a estar conectadas o tempo todo
 
Foto: Fábio Vicentini .
Fábio Vicentini
A jornalista Amanda usa o celular da hora que acorda até quando vai dormir

Ela tem apenas um celular. E é esse único aparelho é capaz de fazer a jornalista Amanda Figueiredo, 33 anos, ser vítima da tecnologia. Ela não consegue desgrudar do bendito nem um minuto sequer.

Tudo bem que o trabalho exige que ela fique conectada – “se fico fora da internet meia hora, perco muito conteúdo”, mas ela admite que a dependência pelo celular está mais ligada à vida pessoal.

“Na minha casa, nem uso computador, é tudo feito pelo smartphone. Quando vou para o trabalho e esqueço, volto em casa para buscá-lo. Tudo que acontece no meu trabalho, sou informada via celular. Uso da hora que acordo até quando vou dormir”, explica.

Amanda não está só. Vivemos uma época onde, a maioria das pessoas, não conseguem viver sem aparelhos tecnológicos.

Problemas

A fusão dos telefones com a internet facilitou a vida de muita gente. As informações podem ser acessadas mais facilmente e com mais rapidez. Apenas alguns toques e é possível descobrir a programação do cinema, saber onde fica o melhor restaurante, chegar ao endereço da festa. Ter um celular se tornou indispensável. E as pessoas passaram a estar conectadas o tempo todo.

“A dependência de aparelhos tecnológicos traz custos sociais e para a saúde física. É preciso saber dosar o uso do equipamento e não se esquecer da vida real”, explica o psicólogo clínico da Unimed Vitória Thiago Moulin Tófano.

Ele aponta sintomas típicos de quem tem esse comportamento: sentir-se muito angustiado com a ideia de perder o celular, ansioso em não ter o equipamento durante algumas horas e ser incapaz de ficar sem ele por mais de um dia. “Quando se nota um exagero é preciso procurar ajuda, como terapia”, ressalta.

Fobia

Sentir-se muito angustiado com a ideia de perder seu celular ou de ser incapaz de ficar sem ele por mais de um dia é a origem da chamada “nomofobia”, contração de “no mobile phobia”, doença que afeta principalmente os viciados em redes sociais que não suportam ficar desconectados.

“O fenômeno aumenta cada vez mais, já que são 250 milhões de aparelhos só no Brasil. E a maioria deles hoje vem com internet, o que aumenta a tendência”, ressalta.


Você é dependente?
Responda as perguntas abaixo e descubra.

Com que frequência você fica com o telefone à mão?
( ) Nunca
( ) Frequentemente
( ) Sempre

Quando está sem o aparelho, você sente uma grande ansiedade ou inquietação?
( ) Nunca
( ) Frequentemente
( ) Sempre

Você tem certeza de que uma mensagem importante chegará justamente quando se afastar dele?
( ) Nunca
( ) Frequentemente
( ) Sempre

Você ouve o telefone tocar ou o sente vibrar sem que haja uma mensagem ou ligação?
( ) Nunca
( ) Frequentemente
( ) Sempre

Você já voltou para pegá-lo em casa, mesmo estando longe?
( ) Nunca
( ) Frequentemente
( ) Sempre

Com que frequência as pessoas reclamam que você está sempre usando o telefone?
( ) Nunca
( ) Frequentemente
( ) Sempre

Você usa o aparelho mesmo onde isso é proibido?
( ) Nunca
( ) Frequentemente
( ) Sempre

Você trabalha nos fins de semana ou nas férias por meio do smartphone?
( ) Nunca
( ) Frequentemente
( ) Sempre

Você tem o hábito de checar seu aparelho várias vezes seguidas, com intervalos de apenas alguns segundos?
( ) Nunca
( ) Frequentemente
( ) Sempre

Você já perdeu um compromisso ou se atrasou porque ficou usando o aparelho além do tempo necessário (ou num horário inadequado em sua rotina)?
( ) Nunca
( ) Frequentemente
( ) Sempre


Resultados
Depois de assinalar as respostas, veja qual o maior número de suas respostas

Nunca:
Não há problema algum, já que você usa o smartphone com moderação. Pode exagerar às vezes, mas tem autocontrole

Frequentemente:
Você tem problemas ocasionais no uso que faz do smartphone e isso requer atenção. Antes de mexer no aparelho, pense se o faz por necessidade ou se a atitude já se tornou um hábito impensado

Sempre:
O uso do smartphone está afetando negativamente sua vida. É preciso reavaliar os seus hábitos e, se necessário, procurar atendimento especializado, como a ajuda de um psicólogo ou de um terapeuta

Fonte: Revista Época.
17/09/2012.

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